Myrtle Beach, uma cidade amigável para crianças no espectro do autismo

Na Carolina do Sul, estabelecimentos oferecem áreas mais silenciosas e menos agitadas

Acessível. A Champion Autism Network trabalha para criar um ambiente amigável em Myrtle Beach – Champion Autism Network/Divulgação

RIO – Myrtle Beach, na Carolina do Sul (EUA), caminha para se tornar uma cidade amigável para o autismo. Uma organização não-governamental, a Champion Autism Network, vem trabalhando com hotéis, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais e de entretenimento com o objetivo de criar um ambiente adequado para pessoas no espectro do autismo, em especial, crianças e jovens.

A cidade tem dezenas de atrações – de campos de mini-golfe a parques aquáticos, passando por tirolesa e roda-gigante – além de um calçadão movimentadíssimo. O problema é que são lugares muito agitados e barulhentos e, em geral, crianças no espectro do autismo tendem a se sentir desconfortáveis em ambientes assim.

“Se você vai convidar o mundo do autismo para brincar com você na praia, você tem que ter pessoas conscientes”, disse, à AP, a fundadora da Champion Autism Network (CAN), Becky Large, cujo filho está no espectro.

O primeiro passo para acolher as pessoas no espectro aconteceu em 2016, quando o aeroporto local criou uma “sala silenciosa”, para que os passageiros pudessem relaxar após as viagens. A partir daí, a organização passou a conversar com empresas locais, oferecendo treinamento para equipes. Em seguida, criou um cartão para as famílias que funciona como uma espécie de passaporte para o atendimento diferenciado. Com o cartão, é possível, pular filas de espera ou conseguir uma mesa mais slienciosa em um restaurante, entre outros benefícios.

Nos hotéis, a entidade realiza treinamentos para que os os quartos sejam seguros. Isso significa remover secadores de cabelo, ferros, cafeteiras, copos, canetas e lápis devem ser removidos. A tampa do vaso sanitário deve ser protegida. No Ocean Creek Resort, por exemplo, é possível fazer o check-in na calçada ou reorganizar os horários da limpeza dos dormitórios, para não incomodar as crianças no espectro.

Outras atrações de Myrtle Beach tambám estão se adaptando. O boliche e o aquário locais criaram eventos “sensoriais” com iluminação e sons modificados. Uma sala de cinema tem sessões mensais nas quais as luzes permanecem acesas, o som fica mais baixo do que o habitual e os espectadores podem se levantar e se movimentar.

Fonte:https://oglobo.globo.com/boa-viagem/myrtle-beach-uma-cidade-amigavel-para-criancas-no-espectro-do-autismo-22548455

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